quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O espelho

Caminho, olhando em frente uma imagem aparece no meu pensamento, respiro fundo! São as memórias fícticias de uma visão muito pouco coerente. Aparecem, batem à porta, deixo-as entrar.
Vejo então, um homem de cabelo despenteado e barba por fazer, está sentado naquele banco de jardim, num cenário tão inóspito que faz com que eu me vire para trás e me certifique que tudo não passa da minha imaginação!
Que espera ele? Pergunto eu, parece tão vazio, tão solitário estará à espera de quem...?
Ainda assustada, tento acalmar a minha inquietação.
Não será ele o espelho da minha incerteza ? Não será ele o espelho em que reflicto o vazio do meu ser? É dificil depararmo-nos com os nossos vazios, com as nossas fraquezas, é muito dificil aceitarmos que somos seres sentados num banco de jardim á espera que o "nada" venha até nós e nos proporcione um sorriso momentâneo da ilusão de ter em mente a ideia de que a felicidade e o mundo estão condensados em nós.
Pensando bem, chego á conclusão que somos apenas seres tao vazios que a mais não se limitam do que prostrarem-se perante a imposição daqueles que provocam em nós a tristeza reflectida no homem que naquele dia vi no jardim, ele sentado naquele banco tão imaginário quanto a veracidade daquilo que surge no pensamento agora e que nao é mais do que mais uma interrogaçao desta minha vida incerta... As pessoas que nos rodeiam são o espelho da nossa alma! By C`

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