domingo, 25 de outubro de 2009

"Larica"

Estranheza, inquietação, impulso indescritível me induz a um movimento tão comum que em nada se iguala à beleza de um papel rasurado e um salivar de tão inquietante procura de inspiração! Anarquia total é o me corre nas veias, tão velozmente que consigo ouvir o fervilhar de um aquoso sentimento de incerteza. Tenho sede de amar tudo o que me rodeia, queria mesmo que tal acontecimento prosperasse, será que algum dia vou conseguir assistir a tal feito, não sabendo o me espera fico na dúvida… mas de repente faço do meu pensamento um olhar atento sob tudo aquilo o que me consome agora e reparo que a minha visão não é nada mais nada menos que aquilo que tão furiosamente corre em minhas tão venosas veias! Sim, é possível que nada tenha freio nem leme, sim eu consigo vê-lo, TU também e todos nós, basta querer e conseguimos apoderarmo-nos desta revoltante situação. Que havemos de fazer, é o que se pergunta, embora todos nós já tenhamos deduzido que a resolução de todo este problema não passa pelas nossas mãos gretadas do trabalho árduo que todos os dias enfrentamos! Sim, em parte têm razão, mas… a todo o custo, talvez hipocritamente, ou melhor tentando enfrentar medos e anseios, gostava de um dia olhar em volta e não ver sorrisos desfeitos de lágrimas de tão profundas tristezas, não quero ver um acariciar de barriga da tanta fome que aquela criança tem, não quero ver nunca mais a visão tão negra de um mundo em total desconcertação! Ninguém merece, eu não mereço ver isto, não quero, não posso, nem devo! Que soluções tenho eu? Boa pergunta… ByC`

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O espelho

Caminho, olhando em frente uma imagem aparece no meu pensamento, respiro fundo! São as memórias fícticias de uma visão muito pouco coerente. Aparecem, batem à porta, deixo-as entrar.
Vejo então, um homem de cabelo despenteado e barba por fazer, está sentado naquele banco de jardim, num cenário tão inóspito que faz com que eu me vire para trás e me certifique que tudo não passa da minha imaginação!
Que espera ele? Pergunto eu, parece tão vazio, tão solitário estará à espera de quem...?
Ainda assustada, tento acalmar a minha inquietação.
Não será ele o espelho da minha incerteza ? Não será ele o espelho em que reflicto o vazio do meu ser? É dificil depararmo-nos com os nossos vazios, com as nossas fraquezas, é muito dificil aceitarmos que somos seres sentados num banco de jardim á espera que o "nada" venha até nós e nos proporcione um sorriso momentâneo da ilusão de ter em mente a ideia de que a felicidade e o mundo estão condensados em nós.
Pensando bem, chego á conclusão que somos apenas seres tao vazios que a mais não se limitam do que prostrarem-se perante a imposição daqueles que provocam em nós a tristeza reflectida no homem que naquele dia vi no jardim, ele sentado naquele banco tão imaginário quanto a veracidade daquilo que surge no pensamento agora e que nao é mais do que mais uma interrogaçao desta minha vida incerta... As pessoas que nos rodeiam são o espelho da nossa alma! By C`

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Acontecer

Todos os teus ideais desaparecem num piscar de olhos e tu simplesmente estagnas, vê-los fugir de ti a todo o custo, eu sinceramente não os consigo prender a mim, talvez fraqueza, talvez força do destino... disto tenho a dizer que pontos de vista existirão sempre mas a solidez e a consistência de opiniâo podem simplesmente desaparecer... Tudo se passa num simples conjugar de respirações profundas de carência e acalento, uma força cósmica nos induz a deixar de racionalizar, simplesmente passa a ser o que tiver de acontecer! Amor, dedicação, entrega e alguma ilusão são os condimentos necessários a que tudo aconteça! E depois desta breve mas profunda reflexão chego à conclusão de que tudo na vida acontece, simplesmente ACONTECE... Faz com que aconteça e deixa acontecer, e se um dia conseguires acordar ao lado de quem amas e sentires que aconteceu porque teve de acontecer, aí sim podes voltar a adormecer nos seus braços tendo do acontecimento! :-)
ByC`

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Sensações

E agora que faço eu? Estou presa e não me consigo libertar desta tristeza, é um sufoco estar assim, não mais quero presenciar este campo de batalha em que na verdade eu sou uma vencida! Não passo de lágrimas derramadas vindas de um olhar tão desconhecido quanto o reconhecimento da minha existência! É verdade, e com muita pena minha nem consigo ter a dignidade de deixar os despojos desta guerra travada! Não estarei eu a dramatizar? Talvez, mas nem tudo me ocorre no pensamento tão preenchido de um vasto conjunto de fios, um tanto ou quanto confusos! Memórias, essas aparecem que nem relâmpagos, por entre toda esta confusão de um acumulado de fios condutores de sensações! Aquando esta passagem, é surgido em mim um pequeno suspiro que se confunde com o culminar dessa tal chegada! Essas sensações nem eu as consigo descrever, pois o tormento pelo qual passaram para chegar até aqui também não terá sido fácil. Lamento então ter de ser eu a acolhedora de tudo isto, e porquê? Pergunto eu, porque por vezes estas lembranças trazem até mim uma vontade inexplicável de fugir de mim própria, de derramar a tão aclamada lágrima de desespero! Não sei sequer se motivos como os meus serão merecedores de tal sofrimento, mas quero acreditar que tudo são expriências para ser vividas e que, querendo eu prosseguir com a minha idealização de vida irei então conseguir sorrir... Sorrir de alívio, felicidade e acalento que tanto necessito neste momento! É verdade, porque tenho sede de carinho, de sinceridade, de um sorriso tao quente como eu me sinto agra, de um sorriso ternurento, um tão esperado olhar de acalento, tenho sede da verdade e da conquista, tenho sede de querer ser tudo, mesmo sabendo que não sou nada! E esta vontade que tenho se tornará num desespero constante, porque água pura, essa não a saborearei e não sei se a conseguirei provar, no entanto, nada me demove e cada vez mais quero continuar esta luta, levantar-me da batalha perdida, afagar as lágrimas, conseguir algo meu, e serenamente me refrescar na tão desejada fonte de água pura! Quando lá chegar, então sim, terei novas sensações e novos sentimentos surgirão! By C`

Areal

As gaivotas, o amor e uma criança
pairam em mim...
eu sou a esperança

Água me trás água me leva
é o desapego
desta vida sem légua

O mundo não é ausente
e com todo este aconchego
nunca me sentirei carente

Amor que é amor
e criança que é criança
tudo sente
Sim, sou eu
o areal que está na tua mente!

Ao londe és um fugitivo
mas eu sei.. sendo eu o areal
nunca te deixarei perdido

Tu, serás sempre o mar
nesta tão dura luta que terei de travar!
By C`

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Liberdade

É por ti que aclama a minha alma
não pára este coração, nada o acalma

Olho em volta, não vejo nada
a voz emudece e fico calada

É a saudade...
reina quando não há liberdade!

Quero soltar meu grito de desalento
e sair deste tormento
quero voar ao infinito, dizendo o dito por não dito!
Quero ser vida, no fim desta partida!

Na terra e no mar
tu irás reinar, LIBERDADE
ByC`

Água

Vem a água, vem intensamente
afasto-a como que carícia que permanece na mente
e me lembro desse olhar
no qual entro através deste luar
És tu...
Magia, encantamneto, devaneio
nada veio, mas nest momento sinto me extasiada
És tu, sim
Tu, o vindo do nada...
Grito por ti
mas infelizmente nao recupero o que perdi!
By C`

Vazio

No meu coração aquela voz...
ecoante, abranda o bater desta minha fonte

Virás tu do além
por entre as montanhas debruçadas em meu destino

Serás tu a ditadura que acalenterá meus passos
e a minha loucura

Tira-me deste tormento
deste sentimento de desalento

És tu a poderosa e avassaladora
acolhe esta alma carente
abraça este filho prodigo um dia errante
Quem o sabe! Quem o saberá?
ByC`

Perda

Te perdi
Mostra me a força que prevalece em ti

Este é o meu devaneio
aquele por quem anseio

Mostra me quem es tu
aquele que é o teu receio
serei fiel até ao fim
dando por mim ...
não sei
Tal comtemplação
que vou eu dizer
a este meu coração que o está a temer

Espero e desespero
pela tua vinda tao aguardada
um sonho, talvez
um sorriso vindo do nada
um beijo de sensatez da memória tão bem guardada!
By C`